Por Sávio Oliveira
Chuvisca sem graça enquanto caminho sozinho
Olhando pro nada nesse dia cinzento
De chão cinzento
Carros cinzentos
Pessoas cinzentas
Prédios cinzentos
Céu cinzento
E vestido vermelho
O meu dia rebola com esse rebolado
Que excita e me embesta como um touro
Acompanhando o balançar do tecido vermelho
Hipnotizado
Não liberto meu olhos
Daquelas pernas
Dessas pernas
Desses peitos
Dessas pernas
Daquelas pernas
Daquela bunda
Vulnerável e abatido
Caído em meio ao meu sangue derramado
Que dá cor àquela mulher
Mas ainda há sangue
Para pintar
aquele grande decote branco
esse decote branco
esses peitos
aqueles peitos
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