
Por Bia Mafra
Cansada. Era assim que Melissa se encontrava. Enterrada em seu sofá vermelho, com um malboro entre os dedos e seu cinzeiro, à la marajoara, nas coxas. Coxas cobertas pela saia comprida que ainda carregava o aroma daquele perfume.
A cada trago que dava, sentia aquele cheiro misto ao da fumaça. Mistura que a fazia lembrar o porquê daquele cansaço. São sempre assim os finais não felizes.
Durante meses, quase anos, aquela fumaça se fazia presente de um modo tão lindo e intenso. Agora só nostálgico, mas intenso ainda. E com ela aquela certeza renitente de que nada dura pra sempre, pois o sempre é tempo demais.
Com os olhos ainda vermelhos, segurava o telefone. Ela mesma o desligara, porém dentro de si ainda continha aquela esperança de que ele iria tocar mais uma vez, só mais uma. Até perceber que o fim finalmente e infelizmente chegara.
A cada trago que dava, sentia aquele cheiro misto ao da fumaça. Mistura que a fazia lembrar o porquê daquele cansaço. São sempre assim os finais não felizes.
Durante meses, quase anos, aquela fumaça se fazia presente de um modo tão lindo e intenso. Agora só nostálgico, mas intenso ainda. E com ela aquela certeza renitente de que nada dura pra sempre, pois o sempre é tempo demais.
Com os olhos ainda vermelhos, segurava o telefone. Ela mesma o desligara, porém dentro de si ainda continha aquela esperança de que ele iria tocar mais uma vez, só mais uma. Até perceber que o fim finalmente e infelizmente chegara.
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