Manifesto do Partido Cãomunista




Por Sávio Oliveira

É comum a preferência aos cães portadores de pedigree em detrimento aos cães sem raça predominante, ou indefinida, erroneamente chamados “vira-latas”. Caninos que percorrem a ruas em busca de comida e diversão, e que frequentemente são vítimas de bicudas ou atropelamentos sem prestação de auxílio por parte de humanos com baixa atividade cerebral.
Por trás desta nomenclatura discriminatória, busca-se o extermínio desta raça oprimida e marginalizada. Resquícios de uma utopia eugênica que se mantém até hoje, após 65 anos da queda do Führer (junto do seu III Reich).
Utopia esta, cientificamente infundada por Mendell. Já que os “vira-latas”, diferentemente dos cães de “raça pura”, possuem alta variabilidade genética. O que garante uma vantagem substancial na seleção natural e consequente perpetuação da espécie.
Daí a repressão por parte da aristocracia canina devido ao medo da esmagadora maioria de “vira-latas”, que são fisicamente mais bem preparados para uma guerra canil. Pois mesmo após dezenas de atropelamentos, diversos tipos de doenças e infecções intestinais das mais variadas ainda conseguem manter-se de pé. Enquanto que muitos dos cães de raça “pura” não aguentam nem a bicuda do primeiro parágrafo.
Mas enquanto os açougues estiverem abertos, a revolução ainda estará longe cãomaradas...

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