Entrevista com os Amigos do Tempo



Demorou um pouco, mas saiu. O Fanzine Megafone entrevistou, diretamente de Recife, Marcelo Machado, guitarrista da banda Mombojó, para falar sobre os quatro anos de produção do novo disco, que terminaram em uma bonita amizade. Além de todo processo de gravação de “Amigo do Tempo”, Marcelo fala um pouco sobre carreira, internet, mercado musical e outras cositas más.

Por que esse novo disco demorou tanto pra sair?


Demorou porque passamos por alguns percalços desde o nosso último disco, a morte de Rafa foi um deles. Depois porque não conseguimos aprovar nenhum projeto para capitalização do disco, e quando se faz com dinheiro do bolso demora mais mesmo.

O que influenciou vocês na composição das músicas desse terceiro cd?

As influências são muitas. Elas vão de Michael Jackson a Burt Bakara (acho que é assim que se escreve). Outros nomes que também influenciaram foram High Llamas, Daft Punk, Stevie Wonder, Jamiroquai, entre outros.

Qual a proposta do terceiro disco? O que há de diferente e o qua há de igual aos anteriores?

Todos os discos que nós fizemos são bem diferentes entre si, essa é uma marca da banda. O que tem de comum a todos eles é a distribuição gratuita pelo nosso site.

Como foi gravar Amigo do Tempo?

Foi muito trabalhoso mais também bem prazeroso. Na gravação desse disco fomos "forçados" a aprender muita coisa que envolve a produção de um disco, tanto na parte musical quanto em outros setores.

O nome do disco é alguma referência aos quatro anos que levou pra sair? E o que teve de proveitoso nessa amizade com o tempo?

Quando pusemos esse nome no disco não pensamos nesses 4 anos, mas terminou que fez muito sentido. A nossa amizade já dura mais de dez anos e isso é essencial para que as coisas aconteçam de forma muito tranquila no grupo.

Como vai funcionar o esquema de shows pra divulgação do novo disco?

Queremos fazer a maior quantidade de shows possível, de preferência sempre visitando lugares que ainda não fomos.

O que mudou na sonoridade da banda com a morte do flautista Rafa e a saída do multiinstrumentista Marcelo Campelo?

Nós tivemos que preencher os espaços nas músicas dos 2 primeiros discos as vezes executando o que já era feito ou simplesmente fazendo arranjos novos para essas partes. Nas músicas do disco novo estamos fazendo muito uso de samplers para suprir todos os instrumentos que gravamos no disco.

Vocês sempre disponibilzaram seus discos na internet. Como vocês vêem o mercado da música e qual o futuro dele?

Nós acreditamos que quanto mais fácil for o acesso à nossa música, mas pessoas vão querer consumí-la, seja comprando o disco, indo no show, comprando qualquer outro item de nossa loja de merchandising ou até mesmo nos divulgando para seus amigos. Esse esquema de divulgação conjunta vem sendo muito positivo e o nosso público é peça principal nisso.

Como vocês pensam a carreira?

Pensamos em sempre estar fazendo música com sinceridade e tranquilidade. E esperamos sempre poder trabalhar em condições dignas.

Como vocês vêem o cenário musical brasileiro atualmente? Vocês se sentem parte da "Nova Recife"?

Eu vejo um cenário muito fértil que fica cada vez mais fácil de se conhecer pela divulgação na internet, uma das coisas que eu mais gosto é que as bandas no Brasil não respeitam uma "ordem" de estilo, são bandas que se diferem muito entre si. Em Recife temos muito isso, várias bandas surgindo que convivem em total harmonia e se ajudam sempre que possível.

Vocês conhecem o cenário musical paraense? E o que ouvem daqui?

Cara, daí eu conheço o La Pupuña e o gosto muito do movimento do Calipso do Pará. Também curto muito o Tecnobrega Paraense, inclusive tivemos a oportunidade de tocar juntos com Gaby Amarantos recentemente e foi uma experiência muito boa!

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